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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

DOC COMPARATO E OUTROS MAIS...

FIQUEI SURPRESA POR SE LEMBRAR DE ALGO JÁ ESQUECIDO LÁ ATRÁS...

Fiquei muitos anos com o Doc...
Tantas mudanças já fiz...e em cada mudança me desapego de mais coisas..sempre..
Pra muitos o desapego é um crime, uma coisa impensada, mas aprendi...
aprendi na vida a desapegar
carregar menos
Cada mudança um móvel a menos...
até livro....
que nunca me desapegava...
filhos....aprendi
sobrinho...aprendi
cada um com seu quadrado, e mundo e destino.
Tenho que respeitar isso.
Quanto ao Doc  não sei onde ficou
perdoe se o larguei por ai,
Acho que aprendi um pouco com o Doc e depois desapeguei.
Estou aprendendo a ser assim.
Me apego quando quero, desejo.
Desapegar me torna mais forte.
Hoje sou apegada ao que desejo.
Quero o simples
Quero apenas teu abraço
teu amasso
teu cheiro
teu aperto
tuas carnes...e quanto ao Doc...ah..me perdoe...desapeguei...

(esse texto foi feito pra alguém que me emprestou um livro do Doc Comparato)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

ESQUINAS

Sabe, a vida tem umas esquinas que nem quem as cruza acredita naquilo que está acontencendo...

Surpreendo-me com essas esquinas
que de passagem acabam ficando 
ficando e criando profundas raízes.

Muitas vezes cruzamos as esquinas e sequer notamos o caminho que estamos fazendo
porque estamos no piloto automático.

Percebemos que assim estamos quando, de repente sentimos um vazio
um espaço lá dentro que nos incomoda.
Já fiquei assim.
Vivo essas esquinas todos os momentos
todos os dias
entretanto a cada dia uma esquina se resolve na decisão do caminho que se segue...

A decisão que tomamos conscientes dissipa todas as dúvidas, das esquinas.
Mas eis que lá atrás, ficou uma esquina que não se cruzou.
Passamos reto
não sabemos pra onde vai
e isso incomoda. 

Não deveria...mas incomoda.
Então, voltar não dá, seguir em frente é preciso.
Mas quero entrar naquela rua e ver o caminho que ela tem.

Corro o risco de ser uma rua sem saída,
Corro o risco como sempre fiz em todas as decisões das esquinas que decidi passar.

Só que, nesse momento, mais que nunca, quero correr o risco de plena consciência.

Não sei se a rua que verei tem luz
se é escura
se terei medo
se terá saída,
mas o tesão em estar lá
é maior que todos esses outros obstáculos previstos e imprevistos.

Porque esse tesão em atravessá-la é o que nos faz sentir vivos!
E isso meu bem, não há criança que resista!








SAUDADES...

Quando estamos assim , não tem outro jeito, nenhum jeito,
porque o jeito é sentir.

Apenas seguir o que a saudade manda o coração e o corpo sentir.
Mas, me pergunto: _ Como sentir saudade daquilo que não se teve?
Não se sentiu?

Então respondo a mim mesma, que sentir saudades daquilo que não se teve, é certo,
E é certo, porque não se viveu...e isso meu bem, é um perigo!

Fica um desejo no ar,
daquele beijo que não se deu,
Daquele aperto que não se fez,
Daquele calor que não sentiu...

Então o calor de dentro, num crescente rompe tudo
acaba com todos os medos
todos os tabus
todos os desacertos 
e dá força à saudade que rompe com tudo,
feito a lava de um vulcão,
arrasa com o desejo
inevitável desejo...
estrangulando a voz, o som e a fala...
que não mais se cala...
um dia vive.

Quando essa saudade se apega na força de um desejo
então esquece...e creia-me que um dia esse desejo pedirá passagem
na febre
no calor
no sufoco
do vazio que ele deixou.
Cresce na força do não ter existido
para ser vivido.

É assim,
não tem jeito
e se não tem jeito
jeito terá.

domingo, 18 de janeiro de 2015

TATUAGEM

Toma a carne que dilacera
que treme
que machuca
que arranha
que corrói
pra te dar o cheiro
o couro 
que tuas mãos, dedos e unhas vão rasgar.

Toma meu beijo, feito
escrava do amor 
Toma minha boca ferindo as carnes e lábios.

Toma minha nuca
que fere com teus dentes
chupando meu pescoço feito vampiro sedento de amor e sangue!

Toma meus seios
quentes e vermelhos
pelas mãos em apertos e arranhões
sugando o leite
sugando a carne
deixando meu corpo
em êxtase de dor e medo

Toma minha pele feito transe satânico
colocando nela tua saliva que salivas em bicas
feito saliva de lobo agarrando tua presa.

Toma meu abdomem cravando tuas mãos
que passam por cima feito rolo compressor 
apertando minha pele e descendo até minha virilha
que marca feito gado 
o desenho de tuas unhas.

Toma minha virilha
com tua língua e dentes
que lambe e molha e morde
todo o caminho até meu estremecer
até meu gemido curto e inaudível.

Toma meu ar
sufocando meu grito
sufocando meu pedido
pra voce me amar.

Toma o que é meu 
porque já não é mais
pois o teu tomar
tomou meu corpo
tomou meu ser
tomou meu prazer
tomou meu desejo

Toma meu prazer
e faça dele minha dor
Toma minha dor 
e faça dela meu suor
Toma meu suor
e faça dele meu sangue
Toma minha voz
e faça dela meu grito
Toma meu grito 
e faça dele meu silencio
Toma meu silencio
e faça dele meu descanso
Toma meu descanso 
e faça dele teu colo
Toma teu colo 
e faça dele meu sono
Toma meu sono
e faça dele meu sonho
Toma meu sonho
e faça dele nosso sexo
Toma nosso sexo
e faça tudo novamente!
mas toma!