NA ESTRADA...

Nessa estrada, estive eu,

estive eu, andando por essa estrada

em cada céu, uma lembrança

em cada nuvem uma lágrima

em cada folhagem de cada árvore , um desejo

percorrendo pela estrada

pude notar que nada podia ver, antes,

puder notar que nem respirar respirava...

Nessa estrada estive eu

nesse caminho, passei eu

nesse rumo venho estado

Nessa estrada andei muito

por muitos e muitos anos

vagando por ela sem um apoio - visivel - 

hoje sei que não estava só.

Mas a suposta solidão nos cega...

sufoca

aprisiona

e quando decidi fazer o caminho nessa estrada

descobri uma linda estrada

descobri um lindo caminho

enfim...

ANDANÇAS...

E por ai  vai...vamos...
nessas andanças, nascemos, nos perdemos,
nos encontramos
depois nos perdemos novamente
e por ai vamos...vai...
porque dessa vez fico eu. Aqui quieta.
Nada mais a dizer..
a vida é da mesma matéria do mundo/universo
em sendo assim
isso tudo passa rapido demais
muda rapido demais
se transforma rapido demais
e então, se não formos assim também,
nessa mesma conexão,
simplesmente passamos
e assim passa
pode ser bom
pode não ser,
mas acontece...
precisamos estar atentos
perceber as nuances
as trocas
as energias em sintonias ou não
e acima de tudo
precisamos perceber
quem somos
do que somos
e o que desejamos, de fato
para que a confusão não contamine ao ponto de nos perdermos
fácil é perder o caminho
as estórias nem sempre são como a de João e Maria que colocaram miolo de pão no caminho até a casa da bruxa...a casa dos doces...
e mesmo assim os pássaros comeram as pistas da volta...

não temos como demarcar a "volta"

keep walking...just this!

MEU PAI OXALÁ É O REI VENHA ME VALER!

SOU ASSIM: UMA MULHER AINDA JOVEM, SEM MEDO DE SER PIEGAS NESSA JUVENTUDE,

PORQUE MEUS MEDOS SÃO RIDICULOS E JÁ OS EXPULSEI HÁ MUITO...

QUEM QUISER ME CONHECER É SÓ ME OLHAR

E SE MESMO OLHANDO NADA PERCEBER

É PORQUE FICOU CEGO!

hahahahaha ai que tô bandida!!!!

Meu pai Oxalá

Vinicius de Moraes

Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá
Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá

Vem das águas de Oxalá
Essa mágoa que me dá
Ela parecia o dia
A romper da escuridão
Linda no seu manto
Todo branco
Em meio à procissão
E eu
Que ela nem via
Ao Deus pedia amor
E proteção

(2x):
Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê

Que vontade de chorar
No terreiro de Oxalá
Quando eu dei
Com a minha ingrata
Que era filha de Iansã
Com a sua espada
Cor-de-prata
Em meio à multidão
Cercando Xangô
Num balanceio
Cheio de paixão

(2x):
Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê

Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá
Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá

IMENSIDÃO AZUL ...

http://www.youtube.com/watch?v=_d0x7_W6oS0&NR=1&feature=fvwp

Fecho os olhos e sinto...
sinto que após tantos anos
os sentidos estão aqui
odores
calores
temores
desejos
amores
Tanto que se sentir...
Tanto que se iludir...
Tanto que se amar.
É tanta coisa
é coisa tanta
que não cabe nesse texto

mas cabe na música, no filme, no azul dessa imensidão!